sexta-feira, 4 de março de 2011

Arroz de ossos

 

Hoje 014

Este prato é daqueles pratos simples que herdamos, na família sempre se fez. Os primeiros faziam porque na época tudo se cozinhava, tinham uma noção de desperdício e poupança muito apurada, os seguintes faziam porque assim foram habituados e gostavam e nós?! Porque além de estarmos habituados e de gostarmos, não há desperdícios na cozinha e sobre tudo é a nossa herança! São os sabores da minha avó Lala.

Eu sei que para muitos apenas pelo nome não é coisa que entusiasme, mas é delicioso acreditem! Não é o único que fazemos com ossos!!

Este é feito assim:

Ingredientes:

  • Ossos do lombo de porco (ou suã)
  • 1 chávena de feijão vermelho
  • 1 chávena de arroz carolino
  • 1 molho de espigos
  • 1 cebola
  • 1 dentes de alho
  • 1 folha de louro
  • 1 cálice de vinho
  • 3 1/2 chávena de água a ferver
  • Azeite
  • Sal
  • Pimenta

NOTA: 2 ou 3 dias antes colocar os ossos num recipiente com bastante sal e reservar, durante este tempo convém 1 ou 2 vezes mexer para que a salmoura fique uniforme.

Num tacho coloque a cebola e o alho picados, cobra com azeite e leve ao lume.

Entretanto passe os ossos por água corrente e seque com papel de cozinha, assim que a cebola ficar transparente junte os ossos selando-os em todos os lados, acrescente o louro e o vinho tape e deixe apurar um pouco.

Junte a água e os espigos, quando retomar a fervura junte o arroz, deixe cozer em lume durante 1o mint coloque um pouco de pimenta e rectifique o sal – caso necessário, deixe cozer mais 5 mint e sirva!

 

NOTA:Este prato é” dos antigamentes” e há receitas um pouco por todo o país.  Há um restaurante (do mais típico português que pode haver)  em Coimbra, famosíssimo pelos pratos feitos com osso, O Zé Manel dos Ossos.

2 comentários:

  1. Este não faz parte da gastronomia da família, mas pareceu-me óptimo!
    E tens razão, Filipa, tempos houve em que tudo era aproveitado; ainda há dias conversava com a minha mãe a este respeito, e ela me dizia muito espantada que no talho, agora dão os miúdos de cabrito, que ela costumava utilizar para fazer açorda, na Páscoa. E vinham com o cabrito, portanto só comprando o animal teríamos os miúdos.
    Tempos não assim tanto longínquos...

    Bom fim de semana!
    Beijinhos

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